segunda-feira, janeiro 15, 2007


Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas escuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentre de si, escondida, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o estreitado aroma que subiu da terra.
te amo sem saber como, nem quando, nem de onde,
te amo diretamente, sem problemas enm orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
a não ser deste modo em que não ou nem és,
tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
tão perto que se fecham teus olhos com meu sono.
De Cien sonetos de amor
Pablo Neruda

Sem ter muito o que escrever há dias, resolvi colocar este poema de Neruda q tanto me agrada
e espero agradar quem o leia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá!!!
Vim lhe fazer uma visitinha!
Adorei seu blog, voltarei mais vezes!
Uma ótima semana!
beijos

Cadinho RoCo disse...

Quanto mais decifrado mais misterioso fica o amor.
http;//cadinhoroco.blogspot.com/