quarta-feira, outubro 08, 2014

O que não há explicação

A cada batida musical, a mente cria mãos que sobem e descem, quadris que se deslocam em perfeita harmonia em  torrentes caminhos na ponta dos pés.
A suavidade de um sorriso largo de entrega peculiar ao momento de transmutação
A hora real que se funde com o irreal, único e recluso
O silêncio é profundo e não há mais ninguém ao redor
Quimera aflora passando pelos cinco sentidos sentindo
que é passada a hora e que tudo tem um
começo, meio e fim
e  este último, ainda que pesaroso, é necessário.
O que não há explicação, para aquilo que a consciência explica e o corpo grita
Fato leal, realidade brusca que cura decisões tardias e obstruídas, do que é certo não permanece.