Lembranças do passado
do que poderia ter feito,
daquilo que poderia ter mudado
e do que é somente para ser lembrado.
Vivendo o presente,
hora por hora
esperando
o futuro angustiante
de algo
que não sei.
Enquanto isso
recordo o passado,
vivo o presente,
e fico angustiada com
o futuro.
O que foi.
O que é.
O que será?
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
A manifestação
Um amor que se manifesta
sem explicação,
sem forma,
sem rosto.
Temor do passado,
presente ,
que mesmo seguindo
em frente,
receios sobrevoam
meu pensamento.
Mesmo com a força
da intuição,
com o sorriso da alma,
olhar que brilha,
esperando alcançar
ou nunca deixar terminar
os momentos mais felizes
que passei,
aqueles que quero passar,
sentir e fazer sentir
por todos os dias de minha vida.
sem explicação,
sem forma,
sem rosto.
Temor do passado,
presente ,
que mesmo seguindo
em frente,
receios sobrevoam
meu pensamento.
Mesmo com a força
da intuição,
com o sorriso da alma,
olhar que brilha,
esperando alcançar
ou nunca deixar terminar
os momentos mais felizes
que passei,
aqueles que quero passar,
sentir e fazer sentir
por todos os dias de minha vida.
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Não te quero a não ser porque te quero
e de te querer a bão te querer chego
e de te esperar quanto não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Só te quero porque é a ti quem quero,
sem fim te odeio, e com ódio te peço,
e a medida do amor meu, viageiro,
é não te ver e amar-te como um cego.
Talvez consuma a luz de janeiro,
seu raio cruel, meu coração inteiro,
de mim roubando a chave do sossego.
Nessa história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.
Pablo Neruda
De Cien sonetos de amor
e de te querer a bão te querer chego
e de te esperar quanto não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Só te quero porque é a ti quem quero,
sem fim te odeio, e com ódio te peço,
e a medida do amor meu, viageiro,
é não te ver e amar-te como um cego.
Talvez consuma a luz de janeiro,
seu raio cruel, meu coração inteiro,
de mim roubando a chave do sossego.
Nessa história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.
Pablo Neruda
De Cien sonetos de amor
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
A descoberta
Quando percebemos a sensação
do amor verdadeiro?
Sentimentos diferenciados,
de ternura,
desejo de toque,
mãos unidas,
rostos colados...
Desejos puros, sublimes,
de carinho,
querer cuidar
sem desespero
com incognitas
que só o tempo
irá decifrar,
mas que não dá
mais vontade
de se afastar...
do amor verdadeiro?
Sentimentos diferenciados,
de ternura,
desejo de toque,
mãos unidas,
rostos colados...
Desejos puros, sublimes,
de carinho,
querer cuidar
sem desespero
com incognitas
que só o tempo
irá decifrar,
mas que não dá
mais vontade
de se afastar...
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos
teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível dos teus passos
eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam
melancolicamente.
E passo te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a
fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da
alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento
de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito
quieta
E deixas que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar extático
da aurora.
Vinicius de Moraes
Embora o meu amor seja uma velha canção nos
teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível dos teus passos
eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam
melancolicamente.
E passo te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a
fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da
alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento
de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito
quieta
E deixas que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar extático
da aurora.
Vinicius de Moraes
Quando fiz 14 anos, ganhei como presente aquele famoso livro que muitas meninas leram na minha época: Confissões de adolescente de Maria Mariana.
Livro este que ainda tenho e guardo com muito carinho como outros que ganhei, cada um mostrando uma fase de minha vida.
Li Confissões por várias vezes, até chegava a chorar com algumas situações semelhantes as histórias do livro, hoje, só em lembrar dou muitas risadas destas doces recordações.
Mas tudo isso para falar de Vinicius de Moraes...
Assim q ganhei o livro, devorei e em um dos capítulos relatados pela própria Maria Mariana me chamou a atenção, ela contava como havia descoberto Vinicius. Eu lia sobre sua descoberta e tb descobria...Foi a partir deste capítulo que tb me apaixonei por ele, e entre todos seus poemas escolhi este, que foi amor a primeira vista, uma paixão antiga, daquelas que ainda sonho, como uma eterna adolescente que alguém ainda leia para mim....
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